Memories of Avalon
Memórias de um lugar perdido no sonho, visão de uma Lua que esconde uma Deusa adormecida...
Acerca de mim
- Nome: Artemísia
- Localização: Alcains, Castelo Branco, Portugal
"A terra, o sol, o vento, o mar são a minha biografia e são o meu rosto."
sábado, 30 de dezembro de 2006
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Yule - Solstício de Inverno
O solstício de inverno é a noite mais longa do ano. No entanto, a partir deste dia, o Sol volta cada vez mais forte, para chegar ao seu ápice no solstício de verão. Este dia marca a morte e o renascimento do Deus-Sol; marca também a derrota do Rei Azevinho, Deus do Ano Minguante, pelo Rei Carvalho, Deus do Ano Crescente. A Deusa, que era morte-em-vida no solstício de verão, exibe agora o seu aspecto de vida-em-morte, pois ela é a Rainha da Escuridão neste sabbat, mas também é a mãe que dá à luz a criança da promessa, que irá fertilizá-la mais tarde e trazer de volta luz e calor ao seu reino. É o Festival das Luzes, do renascimento do Sol e o tempo de glorificar o Deus.
Incensos: louro, cedro, pinho e alecrim.
Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca.
Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato e rubi.
Ervas ritualísticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia. Wicca - A Feitiçaria Moderna de Gerina Dunwich
domingo, 17 de dezembro de 2006
Indo para dentro da Floresta das Lágrimas
"Esculturas sacras adornam o teu túmulo no meu cemitério de sonhos,
enquanto o eterno orvalho da manhã vem zelar o meu sono.
Já não sou imortal como imaginava."Augusto Tafner Novelli
...
"Nos contos de fadas as princesas beijam os sapos e eles transformam-se em príncipes, na vida real as princesas beijam os príncipes e eles transformam-se em sapos."
sábado, 16 de dezembro de 2006
Fantasia
No lugar mais abscôndito da floresta,
numa clareira banhada
pelo brilho rútilo do Sol,
soam os cânticos divinos
das ninfas do bosque.
Esse lugar fantástico
onde a brancura das açucenas
e o perfume das orquídeas
tanto me encanta e hipnotiza.
Sorri, Náiade, na pureza do teu rio,
Na frescura das fontes ebúrneas.
Dançam faunos na orla da floresta
e as nereides rodopiam graciosamente
no mar tão cintilante.
O brilho éneo da fabulosa Fénix
cega os meus olhos com tanta beleza
e as formosas dríades soltam risos
em devaneios na folhagem macia
dessa floresta onde sou deusa
no meu Paraíso.
numa clareira banhada
pelo brilho rútilo do Sol,
soam os cânticos divinos
das ninfas do bosque.
Esse lugar fantástico
onde a brancura das açucenas
e o perfume das orquídeas
tanto me encanta e hipnotiza.
Sorri, Náiade, na pureza do teu rio,
Na frescura das fontes ebúrneas.
Dançam faunos na orla da floresta
e as nereides rodopiam graciosamente
no mar tão cintilante.
O brilho éneo da fabulosa Fénix
cega os meus olhos com tanta beleza
e as formosas dríades soltam risos
em devaneios na folhagem macia
dessa floresta onde sou deusa
no meu Paraíso.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
sábado, 9 de dezembro de 2006
Libertação
É noite...
Vejo-me de novo num rodopio
de almas esquecidas.
A dor trespassa-me...
Espíritos do Abismo!
Porque assolam a minha mente?!
As forças abandonam-me,
a carne é fraca.
O corpo não responde aos lamentos do coração,
nem aos gritos da mente.
Que mente?!
Mente insana!!
Mas hei-los de novo...os espectros da escuridão.
Sussurram...
Murmuram até me rebentarem os tímpanos!
Porque não me leva a morte
para o seu império?
Até a morte me esqueceu!
Uma estranha sensação invade-me
até às entranhas...
Já não me magoam.
A minha alma deixou o corpo
que continuam a torturar
e vagueia livre pelo limbo do esquecimento.
É manhã...
Os meus algozes regressam às cavernas,
mas o terror permanece na minha cabeça,
pois a noite irá voltar
para me atormentar.
O sono invade-me e a minha mente débil
é povoada de sonhos.
Sonho o amor que julgava perdido,
mas que encontrei.
Ah! Esse Amor... estranha quimera da minha vida!
Vejo-me de novo num rodopio
de almas esquecidas.
A dor trespassa-me...
Espíritos do Abismo!
Porque assolam a minha mente?!
As forças abandonam-me,
a carne é fraca.
O corpo não responde aos lamentos do coração,
nem aos gritos da mente.
Que mente?!
Mente insana!!
Mas hei-los de novo...os espectros da escuridão.
Sussurram...
Murmuram até me rebentarem os tímpanos!
Porque não me leva a morte
para o seu império?
Até a morte me esqueceu!
Uma estranha sensação invade-me
até às entranhas...
Já não me magoam.
A minha alma deixou o corpo
que continuam a torturar
e vagueia livre pelo limbo do esquecimento.
É manhã...
Os meus algozes regressam às cavernas,
mas o terror permanece na minha cabeça,
pois a noite irá voltar
para me atormentar.
O sono invade-me e a minha mente débil
é povoada de sonhos.
Sonho o amor que julgava perdido,
mas que encontrei.
Ah! Esse Amor... estranha quimera da minha vida!
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Enigma - Push the Limits
Basic instincts, social life
Paradoxes, side by side
Don't submit to stupid rules
Be yourself and not a fool
Don't accept average habits
Open your heart and push the limits!
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
A Tempestade do Destino
Por vezes o destino é como uma pequena tempestade de areia que não pára de mudar de direcção. Tu mudas de rumo, mas a tempestade de areia vai atrás de ti. Voltas a mudar de direcção, mas a tempestade persegue-te, seguindo no teu encalço. Isto acontece uma vez e outra e outra, como uma espécie de dança maldita com a morte ao amanhecer. Porquê? Porque esta tempestade não é uma coisa que tenha surgido do nada, sem nada que ver contigo. Esta tempestade és tu. Algo que está dentro de ti. Por isso, só te resta deixares-te levar, mergulhar na tempestade, fechando os olhos e tapando os ouvidos para não deixar entrar a areia e, passo a passo, atravessá-la de uma ponta a outra. Aqui não há lugar para o sol nem para a lua; a orientação e a noção de tempo são coisas que não fazem sentido. Existe apenas areia branca e fina, como ossos pulverizados, a rodopiar em direcção ao céu. É uma tempestade de areia assim que deves imaginar. (...) E não há maneira de escapar à violência da tempestade, a essa tempestade metafísica, simbólica. Não te iludas: por mais metafísica e simbólica que seja, rasgar-te-á a carne como mil navalhas de barba. O sangue de muita gente correrá, e o teu juntamente com ele. Um sangue vermelho, quente. Ficarás com as mãos cheias de sangue, do teu sangue e do sangue dos outros.
E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido.
Haruki Murakami, in "Kafka à Beira-Mar"
E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido.
Haruki Murakami, in "Kafka à Beira-Mar"
sábado, 2 de dezembro de 2006
Instantes
Longos passeios nocturnos.
Insónias dolorosas...
Como é excitante o ar da noite.
Vagueio por túmulos anónimos.
Tantas almas perdidas.
A névoa aumenta com os meus passos.
Das árvores ecoa o canto mórbido da coruja,
filha da Escuridão.
Minha irmã, à quanto tempo!
Paira no ar o cheiro da Morte.
A minha pele pálida e fria
não sente o vento gélido de Inverno.
Os meus olhos roxos fixam outros olhos,
pontos de luz brilhantes.
Seres da noite, penso para comigo.
O céu começa a clarear...
Regresso pelo caminho de folhas ásperas.
Paro diante da fotografia
de um rosto enigmático.
Sorrio...
O túmulo aberto está vazio...
Ah, como é bom estar de volta!
Insónias dolorosas...
Como é excitante o ar da noite.
Vagueio por túmulos anónimos.
Tantas almas perdidas.
A névoa aumenta com os meus passos.
Das árvores ecoa o canto mórbido da coruja,
filha da Escuridão.
Minha irmã, à quanto tempo!
Paira no ar o cheiro da Morte.
A minha pele pálida e fria
não sente o vento gélido de Inverno.
Os meus olhos roxos fixam outros olhos,
pontos de luz brilhantes.
Seres da noite, penso para comigo.
O céu começa a clarear...
Regresso pelo caminho de folhas ásperas.
Paro diante da fotografia
de um rosto enigmático.
Sorrio...
O túmulo aberto está vazio...
Ah, como é bom estar de volta!